segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ainda sem título e sem continuação

De acordo com sua treinada percepção, ela já caminhava a longas horas. O sol, agora, já estava à pino e fazia com que o suor escorresse pelas costas da mulher, molhando todo o seu vestido de viagem que sua dama de companhia havia costurado. Após fazer alguns cálculos mentais, chegou a conclusão que o vilarejo estava próximo e que, até o crepúsculo, conseguiria alcançar a ponte que marcava a divisa do território. Seus pés já incomodavam bastante, seu estômago roncava pedindo comida e sua boca estava tão seca quanto as folhas no chão em que pisava. Resolveu, então, fazer uma pausa em sua jornada, a única que era permitida dada a situação.
Parou na primeira clareira que achou no caminho, não queria se desviar. Era um lugar bonito e tranquilo, se não estivesse com tanta pressa poderia ter até admirado o local por mais de alguns instantes e não perderia a beleza de algumas das flores que se encontravam ali. Sentou-se entre as raízes de uma árvore enorme e começou a remexer na bolsa de couro que carregava. De lá tirou pão, queijo e dois odres. Bebeu primeiro do odre que continha vinho, enquanto comia o pão e dava mordidas no queijo, no fim de tudo bebeu a água para matar a sede. Embrulhou o que sobrou da comida e fechou os odres, tornando a mexer na bolsa para guardar tudo lá dentro, não comeu e bebeu tudo que tinha, sempre vale a pena se prevenir.
De repente sentiu um sono terrível e não teve nem forças para resistir a ele, infelizmente. Nem um músculo do seu corpo reagiu as tentativas desesperadas do cérebro de fazê-la levantar e seguir em frente. Recostou-se na árvore e dormiu.

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